O compromisso com a democratização da educação de qualidade e com o estímulo do crescimento de regiões interioranas prosseguiu como um pilar do governo Lula (2003-2010). Em um contexto no qual a educação profissional ocupava uma posição estratégica para o desenvolvimento nacional, surgiram propostas de transformação dos Cefets - Centros Federais de Educação Tecnológica em Universidades Tecnológicas à exemplo da Universidade Tecnológica Federal do Paraná criada em 2005 pela Lei nº 11.184. Porém este caminho ainda não equacionava de forma adequada os anseios da mobilização em torno da educação profissional de nível médio.

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É neste momento de intensas discussões sobre as opções viáveis para a concretização da educação de qualidade aliada ao desenvolvimento do país sob a perspectiva de justiça social que a convergência de ideias tornou-se palpável em uma nova institucionalidade representada pelo surgimento dos Institutos Federais.

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Em 29 de dezembro de 2008 através da Lei nº 11.892, foi instituída a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica  e foram criados os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia que passaram a oferecer Educação Profissional integrada ao Ensino Médio propedêutico a partir dos princípios da educação politécnica e do estreito vínculo com o Mundo do Trabalho por meio do elo com os Arranjos Produtivos Locais (APL's) e por conseguinte, com o desenvolvimento das regiões em que foram alocados. 

 

Os Institutos Federais oferecem cursos de Educação Profissional Técnica integrados ao Ensino Médio, Educação Profissional Técnica subsequente, cursos superiores de graduação e pós-graduação, qualificação de trabalhadores através de cursos de formação inicial e continuada, atendendo aos mais variados públicos nas modalidades presencial, semi-presencial e a distância, observando em todas as ofertas impulsionar a produção científica e tecnológica nacional através das práticas de ensino, pesquisa e extensão, visando sempre ações socialmente direcionadas à melhoria das condições das parcelas menos favorecidas da população. Pela primeira vez a história da educação brasileira, uma rede de ensino agrega diversas instituições espalhadas por todo o território nacional sob um mesmo propósito de formação na perspectiva da formação humana omnilateral.  

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A Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, compreende além dos Institutos Federais, a Universidade Tecnológica Federal do Paraná, os Centros Federais de Educação Tecnológica de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, o Colégio Pedro I e as Escolas Técnicas das Universidades. Enquanto o Colégio Pedro II e algumas unidades dos Institutos Federais já existiam antes da Rede Federal de EPT, outras unidades foram inauguradas a partir da Lei nº 11.892/2008.

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