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Mundo do Trabalho
Mundo do trabalho refere-se ao contexto abrangente no qual se desenvolve a permanente atividade humana de produção da própria existência e os vários aspectos inerentes a ela.
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A construção da atual concepção de Educação Profissional Integrada está calcada nas bases da realidade material da classe trabalhadora e por esta razão não pode se furtar a uma compreensão dos princípios científicos, sociais e aos desafios que compreendem a produção moderna. Esta é a educação para o Mundo do Trabalho.
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Em contraposição à educação para o mercado de trabalho que tornou-se quase unânime na sociedade capitalista e que se refere-se de modo mais restrito à adequação de homens e mulheres aos moldes exigidos pelo mercado para compra e venda de sua força de trabalho.
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Para compreender o conceito de Mundo do Trabalho é necessário compreender a relação de constante disputa entre capital e trabalho e os processos desencadeados na correlação de forças entre estas duas categorias, e portanto considerar os processos de reestruturação produtiva e as novas relações de trabalho que deles se originam.
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Durante a década de 70 e 80 as bases produtivas sobre as quais a prosperidade capitalista se erigia (taylorismo/fordismo) apresentaram sinais de esgotamento, e o capital encontrou no modo de acumulação flexível e na mundialização (e financeirização) do capital as molas propulsoras de uma nova ofensiva calcada nos preceitos do modo de produção toyotista. Instaurou-se então, nas principais potências capitalistas, um processo de reestruturação produtiva que trazia consigo soluções para enfraquecer a classe trabalhadora organizada e capturar a mentalidade operária.
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A partir da lean production (produção enxuta) e da polivalência do operário, o toyotismo conseguiu realizar a dupla façanha de evitar o desperdício, prejudicial em tempos de crise de superprodução, e sobrecarregar o trabalhador com múltiplas funções, eliminando uma parcela considerável de trabalhadores do mercado e oferecendo aos remanescentes a ilusão da elevação dos padrões na qualidade do trabalho, sugando sorrateiramente todo e qualquer vestígio de subjetividade que sobreviveu ao período fordista e atingindo um patamar inédito de subsunção do trabalho ao capital. Um exame do status quo da classe trabalhadora alicerçado nos fatos históricos conduz à percepção do enorme impacto dos danos causados pela reestruturação produtiva toyotista, visto que o prejuízo causado pela acumulação flexível se mantém vigente e evidente.
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A Educação Profissional e Tecnológica praticada na rede federal permanece conectada às necessidades práticas dos jovens brasileiros no que se refere diretamente à busca de qualificação para entrada e permanência no mercado de trabalho, porém não se torna restrita à formação de mão-de-obra, mas forma sujeitos autônomos, capazes de se posicionar criticamente mediante às conjunturas econômicas e sociais que encontrarem durante a sua jornada no Mundo do Trabalho.
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A Educação para o Mundo do Trabalho não traça como objetivo a formação reduzida e fragmentada de um operário, mas sim a formação de um aluno capaz de operar novas tecnologias, bem como de criá-las, disseminá-las e compreender como elas impactam tanto a sua comunidade quanto a sociedade como um todo. Sendo um egresso da Rede Federal, espera-se que o impacto seja sempre positivo para as populações que se encontram à margem do acesso ao conhecimento e às benesses do desenvolvimento tecnológico.
Para saber mais:
Direção: Gabriel Mascaro
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Filme que mostra as complexas relações de trabalho de empregadas (os) domésticas e pode contribuir para a compreensão da divisão sexual do trabalho e da divisão social do trabalho através do olhar de patrões e empregados sobre o seu cotidiano.
Documentário: Terceirizado, um trabalhador brasileiro
Produção: Grupo de Pesquisa Trabalho e Capital, da Faculdade de Direito da USP sob orientação do Professor Souto Maior.
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Filme que traz um retrato sobre a terceirização no Brasil e pode contribuir para a compreensão das novas relações de trabalho e da precarização do trabalho.​
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Filme que aborda a voraz indústria da moda e a exploração de trabalhadores de países periféricos por trás de peças e acessórios de vestuário. Pode contribuir para a compreensão da precarização do trabalho, terceirização; relações de trabalho; segurança do Trabalho; divisão mundial do trabalho; consumismo.